A MÁ POLÍTICA E A CRISE HÍDRICA EM COSMÓPOLIS: UM ESGOTO À CÉU ABERTO

Rompida em 09 de março de 2023, a barragem, conhecida como “PAREDÃO” foi um dos principais asuntos do período de campanha eleitoral, levantando questões quanto ao descaso da falta d’água como possível caminho para desvio de dinheiro público.
Desde 30 de novembro de 1944, data da fundação da cidade de Cosmópolis, todas as gestões municipais – incluída aqui, a do então Prefeito reeleito em 2024, Sr. Junior Felisbino – conseguiram uma trágica façanha na história de Cosmópolis: O colapso total e o abandono intencional das três fontes de captação de água da nossa abençoada região. E só a conseguiram porque tentaram, de forma consciente, vil e despudorada.
Agora, as perguntas que não calam: 1 - A quem interessa essa tragédia sem precedentes a não ser aos maus políticos que, por décadas, cooptaram os diversos setores públicos para negociatas políticas e financeiras para lá de suspeitas? 2 - Como foi/é possível que, além de colapsar todo o sistema de captação, ainda desprezam a ausência de um sistema de tratamento de esgotos? 3 - Como estas gestões passaram por décadas sem qualquer iniciativa, seja para adotarem um vazadouro, um aterro controlado ou aterro sanitário, o famigerado “lixão”, financeiramente viável e ambientalmente responsável?
Durante o pleito eleitoral de 2024, falsos, inúteis e inexpressivos foram os debates promovidos e os “projetos” (essa palavra chega a dar arrepios) sugeridos pelos então candidatos. Questionando-se entre si sobre o tema, propostas vazias foram apresentadas e muito blá-blá-blá foi posto à mesa, mas nada se discutiu sobre esta prioridade. Como ouví-los sem indignação, falando aos ventos em “projetos” se sequer temos a estrutura básica, quase primitiva, de qualquer município que se preze, como água potável, esgoto tratado e lixão?
Ainda que os moradores pouco se interessem se a solução virá pela recuperação do “paredão” da represa, pelo reforço no desassoreamento para otimizar a captação, pela melhoria na transposição do rio Jaguari, pela perfuração de poços estratégicos, pela instalação de caixas d'água, pelo aproveitamento das nascentes, e toda a sorte de “abobrinhas políticas” apresentadas, todas já bem conhecidas da população, o que querem de fato – e têm todo o direito constitucional para isto – é água limpa na torneira, esgoto tratado e lixão. Simples assim.
Agora, com a reeleição do sr. Júnior Felisbino, a expectativa dos cidadãos é ainda mais crescente para que essas e outras demandas sejam discutidas, analisadas e, de fato, colocadas em prática com a máxima urgência, sem qualquer justificativa para adiamento ou promessa vazia, seja para 2024, 2025 ou períodos futuros.
O Boletim Aurora está em estado de sentinela, 24hs/dia, atento a esse tema vital que será tratado nas próximas edições à medida em que os desdobramentos surgirem, sejam positivos ou não. Nosso compromisso é informar e provocar a reflexão da população sobre os rumos que Cosmópolis está tomando. Antes que a coisa toda venha a secar e feder, de vez.
Atenção, morador de Cosmópolis, reflita: Por que somente após a eleição de 2024 o atual Prefeito decretou “estado de calamidade hídrica” sobre um problema tão recorrente, há anos? Até o momento, não sabemos a real motivação, mas sabemos que sem água, sem esgoto e sem lixo, nenhuma obra vinga, nenhuma vida sobrevive, ninguém é cidadão, nenhuma cidade é próspera.
Até breve!
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