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Cérebro podre ou “brain rot”: Oxford elege a palavra do ano

Atualizado: 10 de fev.

“Brain Rot” ou “Cérebro Podre” foi escolhida pela Universidade de Oxford na Ingaterra, como palavra do ano de 2024. Mas o que será este tema? É uma doença nova? É um mau novo? Será uma nova pandemia? O termo descreve a deterioração mental ou intelectual causada pelo consumo excessivo de conteúdos digitais superficiais.




"Brain Rot" é eleito Palavra do Ano de 2024 pelo Dicionário Oxford

O termo “brain rot” (“cérebro podre”) foi oficialmente eleito a Palavra do Ano de 2024 pelo renomado Dicionário Oxford, destacando-se como um símbolo poderoso das preocupações contemporâneas sobre os efeitos do consumo excessivo de conteúdos digitais superficiais.

A expressão, que ganhou popularidade nas redes sociais e nos debates acadêmicos, é usada para descrever a deterioração mental ou intelectual atribuída à exposição prolongada a conteúdos digitais de baixa qualidade. Essas interações, que incluem o uso excessivo de redes sociais, vídeos curtos e jogos eletrônicos casuais, são frequentemente associadas à redução da capacidade de concentração, da reflexão crítica e da criatividade.

Popularidade e Contexto

O conceito de “brain rot” tornou-se especialmente relevante em um ano marcado pela discussão global sobre os impactos da tecnologia digital na saúde mental. Estudos acadêmicos e campanhas de conscientização exploraram como o design de plataformas digitais pode incentivar o consumo compulsivo e a superficialidade, levando muitos à reflexão sobre seus hábitos diários de uso de dispositivos eletrônicos.

No cenário cultural, memes e discussões no Twitter e no TikTok ampliaram a visibilidade do termo, tornando-o um fenômeno que transcendeu os debates técnicos e acadêmicos. O uso do termo também encontrou eco em filmes, séries e músicas que retratam a relação tensa entre a humanidade e a tecnologia.

Razões para a Escolha

De acordo com a equipe editorial do Dicionário Oxford, a seleção de “brain rot” como Palavra do Ano reflete não apenas sua frequência de uso, mas também sua capacidade de encapsular as inquietações globais com a era digital. “A expressão simboliza a luta coletiva para equilibrar os benefícios da conectividade digital com os desafios de manter uma saúde mental robusta e um pensamento profundo”, afirmou Katherine Connor Martin, diretora de desenvolvimento linguístico da Oxford Languages.

Reflexões e Repercussões

A escolha também gerou debates entre especialistas. Enquanto alguns consideram o termo uma chamada urgente para a conscientização sobre os perigos da tecnologia, outros alertam para o risco de simplificar questões complexas. “Precisamos olhar para ‘brain rot’ como um símbolo de algo maior: a necessidade de repensarmos o design das plataformas digitais e nossas próprias práticas de consumo”, disse o neurocientista Dr. Miguel Andrade.

Impacto no Vocabulário Global

“Brain rot” junta-se a uma lista de palavras que definem eras e mudanças culturais. Em um mundo cada vez mais conectado, sua escolha evidencia a importância de um vocabulário que capte as tensões entre progresso tecnológico e bem-estar humano. A eleição do termo também ressalta a influência das redes sociais na evolução da língua, consolidando-as como espaços-chave para o desenvolvimento de novos significados e debates culturais.

Com o reconhecimento de “brain rot” como Palavra do Ano, o Dicionário Oxford busca promover um diálogo mais profundo sobre como a sociedade pode enfrentar os desafios de uma vida digital equilibrada, destacando a importância da  reflexão e do uso consciente da tecnologia.


*Nota do Boletim Aurora: 

A prova de que o fenômeno “brain rot” existe e veio para ficar é o Dia Internacional da Educação em 2025 ser dedicado à inteligência artificial.

 
 
 

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